A piece of
your mind, admito, nunca foi um drama que interessou desde quando foi
anunciada a sua produção e elenco. Talvez fosse o enredo porque não sou muito
ligada à ficção científica, talvez fosse o elenco já que não sou fã de nenhum
dos protagonistas.
Porém, como
a vida se move de maneiras misteriosas, atualmente é um dos meus queridinhos do
momento que semanalmente me fazem esperar por novos episódios com uma gostosa expectativa,
querendo saber mais sobre como o romance vai acontecer, curiosa sobre outros
personagens, cheia de perguntas sem respostas, e pronta para saborear todos os
16 episódios.
E por isso eu
estreio a minha lista de “X coisas que gostei”.
Em um breve
resumo, A piece of your mind conta a história de Moon HaWon
(interpretado por Jung HaeIn de Something in the rain e One Spring night) um programador
que trabalha no desenvolvimento um dispositivo de voz para tratamento terapêutico.
Ele nutre desde a adolescência um amor não-correspondido e bem ao estilo
clássico por sua amiga de infância Kim JiSoo, a quem ele não vê há 10 anos, mas
ama desesperadamente. Sua vida se interliga à de Han SeoWoo (Chae SooBin de I’m
not a robot e Where the stars land, engenheira de gravação que trabalha em um
estúdio de música clássica, quando ela conhece JiSoo e passa a ser uma ponte de
contato entre os dois velhos amigos.
Então, vamos ao que interessa nessa lista?
GOSTEI
1.
O caráter/personalidade de Han SeoWoo
Um dos
maiores receios que eu tinha em começar a ver esse drama era justamente a atriz
principal. Assisti I’m not a robot e não fui muito cativada por ela,
assim como em Where the stars land, porém com esse projeto aprendi que às
vezes é questão de personagem. Chae SooBin está simplesmente linda e
estonteante na pele de SeoWoo.
Não canso
de olhá-la a cada cena, quando ela sorri, olha para o longe, mostra o amor que sente
pela música clássica e por seu trabalho. É linda, encantadora, parece amável e
é exatamente isso que ela se mostra ser.
SeoWoo é
uma mulher que não reclama nem lamenta. Já perdeu muito na vida, mas não
expressa um certo “coitadismo” comum em doramas, nem pesar. É otimista, gosta
das pessoas, quer ajudá-las, é grata pela vida e anima-se com o dia novo que tem pela frente a
se viver. Isso mostra-se evidente em como ela facilmente se comunicava com o “Antes
do amanhecer”, fez com que o dispositivo a respondesse sendo que sua programação
não deveria permitir isso, e rapidamente se ligou a JiSoo.
Altamente
empática sentiu as dores da nova amiga quase como se fossem suas, a ouviu, tentou
consolar, animar, tomou o seu lado e tentou estar lá para ela até o fim. Mas
também simpatizou com o próprio HaWon, seu amor e suas dores, o escutando e
ajudando mesmo sem o compreender verdadeiramente.
Já não
consigo imaginar alguém mais perfeito para esse papel que Chae SooBin, e nem
ver o personagem de Han SeoWoo como lindo.
2. A ideia do dispositivo
Nunca havia visto algo como isso em uma obra que não fosse um anime antes, ainda mais sendo aplicada de maneira que parecesse possível, real, existente. Não posso dizer que realmente entendi como isso funciona, como ele colocou as suas próprias memórias ali. E, é claro que precisamos viajar um pouco e deixar a magia da imaginação acontecer para nos envolvermos com a JiSoo que agora conversa com eles, mas é criativo, um artifício inteligente e posso até dizer que poético, tanto que é triste.
3. Kim Sung-Kyu, o pianista
Um
personagem que foi aparecendo aos poucos, bem fininho e de uma forma bem
desconfortável (porque ele mesmo estava desconfortável naquele meio, vivendo
aquela situação) mas que pegou minha atenção e conquistou minha curiosidade.
O marido de
JiSoo, a pessoa que ela apoiou por anos e de repente revelou algo que ela não foi
capaz de lidar. Todo envolto em dor, silêncio, mágoa e mistério ele veio até
mim, e eu sei que vai ficar, logo espero ansiosa pelo desenrolar (e um certo
ship que eu sei que vai rolar também rs) do que há reservado para ele.
Kim
Sung-Kyu, se SeoWoo quer saber tudo sobre HaWon eu quero saber sobre você.
4.
A fotografia
O que dizer
dos aspectos técnicos desse drama? Que são de primeira, com certeza. Tudo em A
piece of your mind parece pessoal, íntimo, como coisas que somente pessoas já
ligadas compartilham, desabafos, segredos. E para isso uma fotografia e cinematografia
tem que estar em sintonia com esse sentimento para criar o ambiente perfeito e,
devo dizer, estão se saindo muito bem nisso.
É um drama
que se passa no inverno, então roupas de frio predominam no figurino, mas as suas
cores e quem as usa estão entrelaçadas com os cenários, momento do personagem e
clima da cena.
Os tons
marrons estão sempre acompanhados de bege e até mesmo alguma tonalidade mais
fria de rosa. Mas combinam e harmonizam com o horário (tons mais claros para o
dia, escuros para a noite). Marrom fica ótimo quando eles estão no café,
criando uma sensação de conforto (porém menos que a sensação criada quando as
cenas são no estúdio, lá tons diferentes são melhores) e até mesmo sintonia
entre os personagens.
Há muitas
plantas, em cenas como essas o equilíbrio das cores vem com os atores usando cores
mais claras.
Muito do
drama acontece durante o dia, em ambientes externos, o que dá um clima leve, positivo,
caloroso. Até mesmo à noite eles conseguem passar essa sensação de calor, como
se o coração estivesse aquecido. Mas, quando as coisas escurecem, a tristeza vem
e os personagens sofrem, eles não economizam em ambientes com pouca iluminação,
vazios, bagunçados, roupas pretas.
Eles têm conseguido
perfeitamente mostrar os personagens, o que estão sentindo sem que eles sequer
abram suas bocas através de cores, cenários, objetos, corte, posicionamento e
foco.
5.
A conexão com os nossos sentidos
Pegando o gancho do já dito sobre a fotografia, cores e cenários, todos esses elementos se
misturam para nos transmitir da melhor forma os sentimentos que a cena nos pede
que sejam passados. Em A piece of your mind eles também desempenham o papel de se conectarem com nossos sentidos.
O sol na pele parece bom, sem queimar, só ali, presente; o café toca meu olfato e imagino uma caneca de café bem
quente à minha frente; de repente me pego imaginando que cheiro a manhã naquela
rua em frente ao estúdio, ou como é respirar fundo depois de subir a ladeira de
onde SeoWoo mora e olhar para baixo. Só de estar dentro do estúdio querendo ouvir música; seguro minhas mãos para me aquecer quando
vejo Oslo e toda aquela neve. Gostaria de desesperadamente ajudar Sung-Kyu
quando o vejo bêbado, jogado no escuro de sua própria casa, com o rosto inchado
de chorar e não dormir direito pois automaticamente meu corpo lembra de como é
sentir-se assim.
Então essa foi a minha lista de 5 coisas que amei em A piece of your mind. E você? Gostou dessa lista? Gostou do drama? Quais seriam as suas 5 coisas? Deixa um comentário aí embaixo, ou entra em contato pelo nosso instagram @blogprimeiravida, será um prazer!
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