Com IU e Yeo JinGoo como protagonistas, um enredo atrativo, uma lista de artistas consagrados para a trilha sonora e seus teasers que já deixavam aquela pulguinha atrás da orelha, Hotel del Luna era sim um drama muito esperado.
JiEun é Ms. Jang ManWol, que vive há 1000 anos como a CEO de um hotel de luxo visível somente para fantasmas, onde eles podem curar-se, recarregar-se e finalmente fazerem a viagem ao seu destino. Ela é uma mulher assustadora, mal humorada, dominadora, decidida, com um pavio muito curto, lógica questionável e muito, mas muito, luxo.
JinGoo, emplacando seu terceiro drama como protagonista este ano, interpreta Koo ChanSung, que por uma dívida do seu pai com Ms. Jang terá que trabalhar no hotel, mesmo ainda estando vivíssimo. Ele estudou no exterior (tem MBA em Harvard!) e trabalha como administrador de hotéis, não sei o quê poderia ser mais conveniente. Medroso, supersticioso, discreto, de coração molenga ele procurar pelo que é mais seguro para si, e é claro que não a resposta dele é somente "não".
Mas nisso Ms. Jang dá um jeito.
A estréia com uma audiência que o colocou no hall de elite da tvN (junto a Goblin, Reply 1988 e Memorie of The Alhambra, por exemplo), Hotel del Luna é, além de uma drama esperado, uma obra que não decepcionou. Seus cenários, figurinos e enredo são o suficiente para fazer dele um drama distinto, marcante e único dentro do gênero. Ele é sim diferente, mesmo investindo em pontos que outros programas já fizeram e acertando como eles.
É refrescante ver IU dando vida a uma personagem tão poderosa, cheia de presença, diferente da lamentável Lee JiAn de My ahjussi. Ms. Jang é luxuosa, com um passado triste e sombrio sim, mas envolto em um mistério glamouroso, pois ela é tem esse charme requintado. Vai de intimidante a desagradável, engraça e obstinada na mesma cena com leveza e sutileza, como se estivesse dançando. Os figurinos retrô, chiques e bem elaborados da cabeça aos pés já não me parecem pertencerem a ninguém mais que JiEun.
Além de efeitos especiais bem feitos, longe daqueles difíceis até de olhar que são tão comuns, e em uma medida certa, sem abusar.
Me lembra a sensação que senti ao assistir Goblin (a boa). Penso em "A Bela e a Fera" com todas as influências e semelhanças e me sinto mais ainda mergulhando em universo de magia. Mas o roteiro caminhou devagar em seus dois primeiros episódios. Não aconteceu muito e nem mostrou-se demais, sem responder dúvidas sobre do que realmente se trata, e nem fazer promessas do que vem por aí (mas o preview fez isso por nós). Apenas introduziu-se.
JinGoo dificilmente convencerá ser muito mais velho que seus 22 anos estampados naquele rosto bonito, mas sua atuação e entrosamento com IU são mais do que motivos suficientes para ignorar esse detalhe. Desde o começo ele vai de horrorizado a falsamente confiante, e então para comicamente horrorizado como se dançasse junto da sua parceira de cena, isso mostra o quanto ambos estão funcionando juntos. Se ela se destaca por seus charmes temperamentais, ele é por não ter medo disso.
Não foi uma estréia surpreendente. Não se chega ao fim do segundo episódio com a pensamento a mil e desejando o próximo o mais rápido possível. Mas é bom, cativante, gostoso de assistir. Vem suave, conquistando sutilmente e deixando quem assiste disposto a esperar pacientemente para que essa estória seja contada, se construa semana após semana tal qual o próprio hotel.
Eu, definitivamente, estou esperando por isso.
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